quarta-feira, 11 de maio de 2016

Imigração Boliviana no Estado de São Paulo



Por solicitação do professor Fabrício, foi desenvolvido um trabalho relatando sobre a vinda dos bolivianos para o estado de São Paulo citando a sua influência para a cultura paulista.


IMIGRAÇÃO BOLIVIANA NO BRASIL

A imigração boliviana no Brasil é um movimento migratório ocorrido a partir do último quarto do século XX. É uma das maiores populações do 0,5% da população brasileira que é proveniente dos países da América do Sul , estando sua maioria localizada nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
É o quinto maior grupo de imigrantes que vivem no Brasil, superados apenas por americanos, japoneses, paraguaios e portugueses.
ESTATÍSTICAS 

Os bolivianos começam a vir ao Brasil durante a década de 1950, mas a imigração é da década de 1980. Pouco a pouco, entram cada vez mais bolivianos. Os números variam conforme a fonte, mas é fato que as informações dadas pela mídia destoam enormemente das estimativas acadêmicas e oficiais. A Polícia Federal estima cerca de 32 mil bolivianos em todo o território brasileiro, a Pastoral do Imigrante acredita que os números estejam por volta dos 60 mil e o Ministério do Trabalho acredita que existam 10 mil a 30 mil bolivianos no Brasil.

PERFIL DO IMIGRANTE

A maior parte dos bolivianos que vem ao Brasil provêm de grandes cidades bolivianas, como Cochabamba, La Paz e El Alto. A maioria dos bolivianos que vivem nas grandes cidades trabalha na Indústria de transformação, termo que engloba a Indústria têxtil, embora também exista uma menor porcentagem no comércio. Uma grande parte dos bolivianos que trabalham na indústria têxtil brasileira é proveniente da cidade de El Alto, dada a especialização local nesse tipo de indústria. O perfil do imigrante também tem se tornado cada vez mais familiar e há também uma tendência a igualdade entre sexos

(Fonte: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQlMjhrJCTnJDU4HUmTHWIB9GuYp30G0r9eEnTYj411bw_rrS6Bn8K2qv_A)


HISTORIA

Tanto a politica quanto o projeto econômico boliviano foi voltado para uma pequena parcela da população, normalmente de origem branca. Além disso, a Bolívia também foi um país assolado por uma instabilidade política muito grande, já que houve mais de cem golpes de Estado em sua história  . Todos esses fatores favoreceram a emigração boliviana.
Muitos bolivianos vieram para o Brasil em busca de melhores condições para trabalho e estudo, sua grande maioria abrigou-se no estado de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
A maior parte dos bolivianos chegaram no Brasil de forma clandestina e isto tornou um grande meio para a exploração desses povos.

(Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/ea/v20n57/a12img01.jpg)


VIVÊNCIA EM SÃO PAULO

Quem migra leva consigo sonhos de uma vida melhor para si e suas famílias, de obter sucesso econômico rápido e de voltar vitorioso, o quanto antes, à sua terra natal. Porém não foi essa a realidades dos bolivianos no brasil que começaram a trabalhar por muito tempo para receber pouco e muitas vezes por 14 horas ao dia e sem o direito a liberdade.



MALENA ARUQUIPO RIOS

Malena veio ao Brasil aos 20 anos de idade, em 1998, quando esse fluxo migratório começava a se intensificar. Falando com voz tímida e jeito desconfiado, ela conta que deixou a casa da sua família com objetivo de trabalhar um ano, juntar dinheiro e voltar para estudar ou abrir um negócio.
Em seu primeiro trabalho, numa oficina de costura em Tucuruvi (norte de São Paulo), sua jornada começava às 7h da manhã e terminava às 3h da madrugada, com apenas dois breves intervalos para refeições. Além de cuidar das crianças, ela cozinhava e arrumava a oficina.
Depois que os costureiros terminavam seus trabalhos, à 1h, Malena organizava o local: varria o chão, dobrava os tecidos e separava as peças de roupa que eram levadas por coreanos, os intermediários entre a oficina e as empresas de varejo.
Ao longo de seis meses nessa condição, tudo o que recebeu foram R$ 50. Sua patroa ameaçava denunciá-la à imigração brasileira se ela abandonasse o trabalho.

Depois que os costureiros terminavam seus trabalhos, à 1h, Malena organizava o local: varria o chão, dobrava os tecidos e separava as peças de roupa que eram levadas por coreanos, os intermediários entre a oficina e as empresas de varejo.

(Fonte: https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/460/0/images.terra.com/2015/01/29/bolivianaescravidaomarianaschreiber.jpg)

FEIRA KANTUTA

Em São Paulo, o grande fluxo de imigração boliviana trouxe essa culinária para algumas regiões da cidade, em especial o Pari, onde todo domingo se realiza uma feira regional, a Kantuta, com produtos e pratos típicos. Essa feira é como um cantinho da Bolívia no Brasil mais grosso.

Na feira pode-se saborear um dos mais conhecidos salgados bolivianos:
A salteña – um empadão recheado de carne, frango, porco ou queijo.
Sua versão frita chama-se tucumana;
A sopa como entrada é obrigatória em uma refeição boliviana e vale a pena experimentar o apím, um caldo quente feito com milho roxo- e para acompanhá-lo, o buñuelo, uma espécie de pastel, mas sem recheio e mais grosso.

BUÑUELOS



INGREDIENTES

4 ovos
1/4 xícara de açúcar
1 colher (chá) de óleo
2 xícaras de farinha
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de sal
1 xícara de açúcar
1 colher (chá) de canela
1 xícara de óleo para fritar

MODO DE PREPARO

Bata os ovos com 1/4 xícara de açúcar para um creme esbranquiçado. Junte o óleo e misture.
Separadamente, misture 1 e 1/2 xícara da farinha com o fermento e o sal. Aos poucos, junte a mistura de farinha ao creme de manteiga.
Use o restante da farinha (1/2 xícara) para enfarinhar uma superfície lisa e trabalhe a massa nela até ela ficar lisa.
Faça 16 bolinhas com a massa e abra cada uma num disco de mais ou menos 12 cm. Deixe descansar por 10 minutos.
Misture o açúcar (1 xícara) com a canela.

Frite os discos no óleo quente até dourar dos dois lados. Escorra em papel-toalha e depois passe pelo açúcar com canela.

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