Por solicitação do professor Fabrício, foi desenvolvido um trabalho relatando sobre a vinda dos bolivianos para o estado de São Paulo
citando a sua influência para a cultura paulista.
IMIGRAÇÃO BOLIVIANA NO BRASIL
A imigração boliviana no Brasil é um
movimento migratório ocorrido a partir do último quarto do século XX. É
uma das maiores populações do 0,5% da população brasileira que é proveniente
dos países da América do Sul , estando sua maioria localizada nos
estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Rio
de Janeiro.
É o quinto maior grupo de imigrantes que vivem
no Brasil, superados apenas
por americanos, japoneses, paraguaios e portugueses.
ESTATÍSTICAS
Os bolivianos começam a vir ao Brasil durante a década de
1950, mas a imigração é da década de 1980. Pouco a pouco, entram cada vez mais
bolivianos. Os números variam conforme a fonte, mas é fato que as informações
dadas pela mídia destoam enormemente das estimativas acadêmicas e oficiais. A
Polícia Federal estima cerca de 32 mil bolivianos em todo o território
brasileiro, a Pastoral do Imigrante acredita que os números estejam por volta
dos 60 mil e o Ministério do Trabalho acredita que existam 10 mil a 30 mil
bolivianos no Brasil.
PERFIL DO IMIGRANTE
A maior parte dos bolivianos que vem ao Brasil provêm de
grandes cidades bolivianas, como Cochabamba, La Paz e El Alto. A maioria dos
bolivianos que vivem nas grandes cidades trabalha na Indústria de
transformação, termo que engloba a Indústria têxtil, embora também exista uma
menor porcentagem no comércio. Uma grande parte dos bolivianos que trabalham na
indústria têxtil brasileira é proveniente da cidade de El Alto, dada a
especialização local nesse tipo de indústria. O perfil do imigrante também tem
se tornado cada vez mais familiar e há também uma tendência a igualdade entre
sexos
![]() |
| (Fonte: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQlMjhrJCTnJDU4HUmTHWIB9GuYp30G0r9eEnTYj411bw_rrS6Bn8K2qv_A) |
HISTORIA
Tanto a politica quanto o projeto econômico boliviano foi
voltado para uma pequena parcela da população, normalmente de origem branca.
Além disso, a Bolívia também foi um país assolado por uma instabilidade
política muito grande, já que houve mais de cem golpes de Estado em sua
história . Todos esses fatores favoreceram a emigração boliviana.
Muitos bolivianos vieram para o Brasil em busca de melhores
condições para trabalho e estudo, sua grande maioria abrigou-se no estado de
Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
A maior parte dos bolivianos chegaram no Brasil de forma
clandestina e isto tornou um grande meio para a exploração desses povos.
![]() |
| (Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/ea/v20n57/a12img01.jpg) |
VIVÊNCIA EM SÃO PAULO
Quem migra leva consigo sonhos de uma vida melhor para si e
suas famílias, de obter sucesso econômico rápido e de voltar vitorioso, o
quanto antes, à sua terra natal. Porém não foi essa a realidades dos bolivianos
no brasil que começaram a trabalhar por muito tempo para receber pouco e muitas
vezes por 14 horas ao dia e sem o direito a liberdade.
MALENA ARUQUIPO RIOS
Malena veio ao Brasil aos 20 anos de idade, em 1998, quando
esse fluxo migratório começava a se intensificar. Falando com voz tímida e
jeito desconfiado, ela conta que deixou a casa da sua família com objetivo de
trabalhar um ano, juntar dinheiro e voltar para estudar ou abrir um negócio.
Em seu primeiro trabalho, numa oficina de costura em
Tucuruvi (norte de São Paulo), sua jornada começava às 7h da manhã e terminava
às 3h da madrugada, com apenas dois breves intervalos para refeições. Além de
cuidar das crianças, ela cozinhava e arrumava a oficina.
Depois que os costureiros terminavam seus trabalhos, à 1h,
Malena organizava o local: varria o chão, dobrava os tecidos e separava as
peças de roupa que eram levadas por coreanos, os intermediários entre a oficina
e as empresas de varejo.
Ao longo de seis meses nessa condição, tudo o que recebeu
foram R$ 50. Sua patroa ameaçava denunciá-la à imigração brasileira se ela
abandonasse o trabalho.
Depois que os costureiros terminavam seus trabalhos, à 1h,
Malena organizava o local: varria o chão, dobrava os tecidos e separava as
peças de roupa que eram levadas por coreanos, os intermediários entre a oficina
e as empresas de varejo.
![]() |
| (Fonte: https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/460/0/images.terra.com/2015/01/29/bolivianaescravidaomarianaschreiber.jpg) |
FEIRA KANTUTA
Em São Paulo, o grande fluxo de imigração boliviana trouxe
essa culinária para algumas regiões da cidade, em especial o Pari, onde todo
domingo se realiza uma feira regional, a Kantuta, com produtos e pratos
típicos. Essa feira é como um cantinho da Bolívia no Brasil mais grosso.
Na feira pode-se saborear um dos mais conhecidos salgados
bolivianos:
A salteña – um empadão recheado de carne, frango, porco ou
queijo.
Sua versão frita chama-se tucumana;
A sopa como entrada é obrigatória em uma refeição boliviana
e vale a pena experimentar o apím, um caldo quente feito com milho roxo- e para
acompanhá-lo, o buñuelo, uma espécie de pastel, mas sem recheio e mais grosso.
BUÑUELOS
INGREDIENTES
4 ovos
1/4 xícara de açúcar
1 colher (chá) de óleo
2 xícaras de farinha
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de sal
1 xícara de açúcar
1 colher (chá) de canela
1 xícara de óleo para fritar
MODO DE PREPARO
Bata os ovos com 1/4 xícara de açúcar para um creme
esbranquiçado. Junte o óleo e misture.
Separadamente, misture 1 e 1/2 xícara da farinha com o
fermento e o sal. Aos poucos, junte a mistura de farinha ao creme de manteiga.
Use o restante da farinha (1/2 xícara) para enfarinhar uma
superfície lisa e trabalhe a massa nela até ela ficar lisa.
Faça 16 bolinhas com a massa e abra cada uma num disco de
mais ou menos 12 cm. Deixe descansar por 10 minutos.
Misture o açúcar (1 xícara) com a canela.
Frite os discos no óleo quente até dourar dos dois lados.
Escorra em papel-toalha e depois passe pelo açúcar com canela.






Nenhum comentário:
Postar um comentário