Preservar o meio ambiente e ainda garantir o desenvolvimento: este é o objetivo de todas as
ações que garantem a sustentabilidade ambiental. Consiste na manutenção das
funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, buscando a aquisição
de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas. A ideia
é conseguir o desenvolvimento em todos os campos, sem que, para isso, seja
necessário agredir o meio ambiente.
Uma atividade que utiliza muito recurso natural é
o turismo, que faz da natureza pontos turísticos e exige construções de
infraestruturas para receber os visitantes, porém, tem havido uma série de
propostas para amenizar esses impactos, de maneira a conciliar preservação da
natureza com a expansão do turismo.
O Turismo Sustentável é uma maneira de manter
essa infraestrutura sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, atendendo às
necessidades dos turistas e dos locais que os recebem de maneira simultânea,
fazendo o necessário para atender a economia, a sociedade e o ambiente sem
desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos
que coordenam a vida.
Produza o mínimo de lixo possível.
Substitua copos descartáveis por canecas reutilizáveis. Leve uma sacola e use-a
para guardar restos de comida e outros dejetos.
Prefira protetores solares e repelentes biodegradáveis.
Regra básica: não retire nem deixe nada nos
locais que visitar.
Procure adotar um meio de transporte que
seja menos poluente e seja um defensor das caronas. Viagens de trem, o meio de
transporte mais comum em alguns lugares como Europa, por exemplo, poluem dez
vezes menos que as feitas de avião.
Uma boa dica para conhecer e respeitar os
costumes do local é procurar por guias. Eles saberão indicar o que é adequado
ou não.
Antes de sair de casa, procure conhecer as
leis e os costumes do local que vai visitar. Afinal, a sustentabilidade dada
também envolve as relações sociais.
Pluralidade cultural é a
existência de várias culturas. Pode ser a pluralidade de religião, de
nacionalidade ou de cor. É a pluralidade cultural que faz do mundo um lugar
rico. Um mundo rico em cultura. Mas o que é a cultura? São as tradições, os
costumes, os valores, as crenças, a educação, enfim, tudo o que é criado pelo
homem. A pluralidade cultural é muito presente em nosso dia-a-dia, inevitável e
cheio de graça. É a pluralidade que torna cada ser único e diferente.
Durante as aulas que tivemos relacionados a esse tema, os professores Fabrício
Medeiros e José Gotardo, trouxeram objetos que são derivadas de outras culturas
e até mesmo relacionados a séculos passados.
O professor José passou um
filme para a sala chamado "Baraka", não é um filme daqueles que a
gente está acostumado a ver. Baraka não tem falas, não tem personagem
principal, etc... Ele retrata paisagens, tribos, religiões e o cotidiano em
geral de outros países.
A palavra Baraka significa
"além das palavras", ou seja, nós não precisamos de palavras para
perceber a variedade cultural do mundo.
Fonte: http://quimilokos.blogspot.com.br/
Gênero: Documentário
Duração: 96 min
País de origem: Estados Unidos
Lançamento: 1992
Aula
Musical
O professor Fabrício pediu
para os alunos levarem instrumentos músicas para a aula, para contar um pouco
da história de cada um e mostrar como tocá-los.
O primeiro a se apresentar
foi o professor, que nos apresentou a vários instrumentos relacionados
a capoeira, como, Berimbau (Caxixi, Baqueta, Dobrão), Atabaque, Agogô (feito de
metal e de casca de castanha) Pandeiro, e o Reco-reco.
Origem dos instrumentos
Berimbau: O Berimbau é um instrumento de percussão
de origem Africana, é um instrumento usado tradicionalmente na capoeira para
marcar o ritmo da luta, e para tocar o instrumento é necessário a
utilização do Caxixi, baqueta, dobrão ou pedra.
Atabaque: É um instrumento Afro-Brasileiro pode
ser tocado com as mãos, ou com duas baquetas, geralmente usado em kits de
percussão em ritmos Brasileiros como samba e o axé.
Agogô: Há dois tipos de Agogô, um deles é formado
por casca de castanha e o outro é formado por um único ou múltiplos sinos
de ferro.
Pandeiro: O pandeiro faz parte da história musical
popular Brasileira sendo o instrumento mais apreciado por conseguir reproduzir
um som grave.
Reco-reco: O instrumento também é
conhecido como raspador no Brasil, e há dois tipos de Reco-reco o de
madeira de origem Angolana e o de aço de origem Brasileira.
Povo
Brasileiro
Além dessa aula musical, o
professor Fabrício também passou alguns episódios de
um documentário chamado "O Povo Brasileiro", de Darcy
Ribeiro, que que explica com clareza que o nosso país é rico em culturas
graças as três matrizes: africano, indígena e português.
Ao falar da formação do
povo brasileiro, é necessário primeiramente considerar que essa é uma
história de longa duração e com muitos personagens. Como bem sabemos, o povo
brasileiro é marcado pela questão da diversidade. Uma diversidade de cores,
fisionomias, tradições e costumes que atestam a riqueza da população que
ocupa todo esse território.
Darcy Ribeiro - Fonte da imagem: http://www.revistapazes.com/classedominante/
Capítulo
1: Matriz Tupi
No primeiro capítulo,
Darcy ressalta que o índio já existia a mais de mil anos em 1500 quando os
portugueses chegaram.
O vídeo explica que os
índios da mesma tribo conviviam em harmonia, muitas vezes em malocas que
podiam viver até 600 pessoas, a forma de convivência dessas tribos é
impossível colocar em prática numa sociedade contemporânea.
Desde criança, um índio
aprende a trabalhar, as mulheres cuidavam da roça eram artesãs. Os homens
guerreavam, construíam armas e canoas.
Quando os portugueses
chegaram em solo brasileiro, eles não sabiam como sobreviver dentro de uma
floresta, diferente dos indígenas. Um índio por si só basta, ele sabe fazer
tudo o que ele precisa (caçar, construir casas, reconhecer espécies de
animais e de plantas)
Os tupis - Fonte desconhecida
Capítulo
2: Matriz Luso
O ponto de maior destaque
desse capítulo é o fato de Portugal ter sido considerado pioneira de
navegações. Isso aconteceu porque foi o príncipe D. Henrique quem incentivou a
navegação e reuniu várias pessoas, cada um especializado em algo, assim
melhorando a navegação.
Ao contrário do que muitas
pessoas pensam o Brasil não foi descoberto por acaso, os portugueses já tinham
explorado parte da Europa e a pesca também facilitou para que descobrissem os
solos brasileiros.
Os portugueses vieram com a
intenção de "expandir" Portugal, já que os únicos vizinhos são a
Espanha e o mar, os navegadores tinham de encontrar um território que pudessem
dominar de alguma forma.
Capítulo
3: Matriz Afro
Nesse capítulo é apresentado
a matriz afro na formação do povo brasileiro. Hoje em dia, vemos que a presença
da cultura africana é muito forte no Brasil.
Em um ponto do vídeo é
citado que a cultura africana mostra aos homens contemporâneos que existem
outras coisas além dos valores econômicos, a cultura africana oferece além de
que podemos ver. Em suas crenças não há lugar para a maldade, para a vigilância
e para a punição. Não se castiga ninguém.
A África é rica, não
economicamente, mas rica em cultura. E hoje essa cultura é expandida pelo
mundo, como a música e a dança.
Escravos - Fonte desconhecida
Capítulo
4: Encontros e Desencontros
Em 1531, os portugueses
desembarcaram na Bahia para defender o território. Construíram vilas e as
povoaram.
Durante o documentário é
falado sobre João Ramalho, um português que se casou com 30 índias, seus filhos
são chamados de "filhos da terra" pois não são índios e nem
portugueses.
Somos um povo novo, fruto de
povos milenares. O povo brasileiro é um povo mestiço, em cultura, raças e
crenças. E essa função se faz até hoje.
Fonte desconhecida
Capítulo 7: Caipira
O caipira, é a mistura de
indígena e português, "tem um pé em cada canoa", ou seja, não é nem
indígena e nem português.
Eles têm um estilo de vida
parecido com o de um índio, ambos têm dietas parecidas, plantam o que vão
comer, constroem suas casas, etc.
Basicamente, esse capitulo
serve para quebrar o preconceito contra o caipira, principalmente no modo que
eles falam. O que para nós é uma fala incorreta era o certo do século XVII.
Além de todas as atividades
a cima o professor Fabrício propôs para os alunos um exercício no qual
representaria a interculturalidade e pluralidade cultural em um desenho, a
turma toda teve um ótimo desempenho e o exercício nos ajudou a fixar os
objetivos das aulas, ou seja, que o Brasil se caracterizou pela junção de várias
outras culturas, mas para ser mais precisa da cultura indígena, espanhola e
africana.
No desenho utilizamos a Bandeira
do Brasil e na parte do círculo inserimos um pandeiro representando a cultura
africana, dentro desta bandeira colocamos o desenho do Brasil divido por
regiões, e em cada região colocamos algo que represente a aquela localidade:
Região norte: o bumba
meu boi pela grande concentração de festas folclóricas na região.
Região nordeste:o
desenho do cantor Gonzaguinha pelo fato de ter sido uma grande influência
na cultura nordestina e um grande marco na história por sua música “Asa
branca”.
Região centro – oeste: Uma
igreja, pois é a igreja é uma referência de todo lugar e também para diferenciar
da região norte já que as duas regiões têm grande concentração folclórica.
Região Sudeste:o
Cristo Redentor por ser uma grande referência da região.
Região sul: o
chimarrão que é consumido na maior parte desta região.
Grupo composto por: Dieme Canada, Jackeline Silva, Julia Carvalho, Marcela Oliveira e Tamires Carneluti
Segurando o pandeiro
desenhamos uma mão negra ainda representando os africanos e a outra mão em um
tom mais claro representando a cultura indígena porque destacamos alguns
desenhos nela. Na parte de baixo da cartolina desenhamos uma caravela
representando as embarcações espanhola.
A ideia deste segundo
desenho é representar uma silhueta indígena tocando uma conga que é de origem
africana com o brasão de Portugal no instrumento.
Grupo composto por: Elizandra Silva, Julia Vicente, João Lucas e Leandro Lima.
Um dos temas trabalhado no módulo
II do curso de Guia de turismo foi Turismo Global, que engloba os meios de
turismo, e para a finalização do conteúdo foi elaborado uma redação.
Atividade V
Quando falamos em mercado de
turismo onde sua referência está voltada para viagens, sabe se que existe uma
grande divisão em relação aos motivos para a escolha de tal destino, e para
facilitar temos o estudo do Turismo Global.
Algumas atividades realizadas me
ajudaram a conhecer os pontos positivos e negativos de falar sobre turismo
quando se trata de um todo, ou até mesmo de um público alvo. Quando falamos em
turismo, logo pensamos em viagens e para essa realização é necessário que não
fique alguns detalhes de lado, como exemplo: seleção do destino, hospedagem,
transporte, atrativos e questões culturais do local.
Muitas pessoas quando fazem a
seleção do destino, na maioria das vezes não tem um motivo especifico, elas
simplesmente desejam ir e pronto. Quando realizam pesquisas ou até mesmo vão ao
local, percebem que o lugar é muito mais importante, rico em beleza tanto
natural quanto material e que seu repertorio histórico é mais vasto do que se
imaginava.
O estudo do Turismo Global ressalta a importância
de ter conhecimento do destino escolhido por suas diversas características,
culturas, leis e privações. Devido ao fato de alguns pais não permitirem
intimidade e contato próximo em locais públicos, os turistas devem estar sempre
atentos.
Desta forma observa-se que o
turismo global é a ferramenta de extrema importância a ser utilizado no momento
de montar sua viagem, já que grande parte das viagens são classificadas como “Sonho
realizado”.
O professor José Gotardo propôs aos alunos que entrevistassem um guia credenciado que estivesse atuando na área, a forma de comunicação com o guia seria de escolha do aluno.
O professor também ofereceu aos alunos o site do Cadastur para facilitar a busca dos alunos pelo guia, no em tando muitos preferiram utilizar as redes sociais como Facebook, Gmail, twitter entre outros.
Na opinião do grupo essa atividade foi de extrema importância pelo fato de conversar com outras pessoas que já são profissionais tanto para aprendizagem como para curiosidades. como este blog é composto por três integrantes. Entrevista da aluna Julia Carvalho.
Nome: Sergio do Carmo de Farias
Idade: 41 anos de idade
Cidade: Cascavel - Paraná
Certificado: 18.012357.966
Vencimento:
22/10/2018
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1.Você esta atuando na área? Qual segmento?
Sim, estou atuando na área como guia acompanhante em ônibus
de excursão, eu não tenho preferência de segmento, pois trabalho com os dois
extremos tanto com crianças em viagens escolar, como adolescentes em viagens de
formaturas, jovens em viagens para prestar concursos públicos e a melhor idade.
2.Qual foi a maior dificuldade que encontrou na busca
do primeiro emprego como Guia de turismo?
Nenhuma, pois como eu tinha experiência como motorista de ônibus
de turismo tinha vários contatos e quanto estava cursando Guia de turismo tive
que realizar uma cotação e então fui conversar com uma moça de uma agencia na
qual me convidou para trabalhar como Guia.
3.Quando exerce a profissão qual a maior
dificuldade que encontra?
Bom a minha maior dificuldade é o motorista, porque eu nunca
consigo ter um dialogo agradável com eles. Talvez seja por que eu já fui
motorista e quando exercia a profissão também não tinha uma boa comunicação com
os Guias em que eu transportava.
4.Por que escolheu a profissão de Guia?
Havia 3 anos em que estava
trabalhando como motorista de ônibus de viagem e estava cansado pois é uma carreira um tanto
exaustiva, porém eu não queria deixar de viajar e assim decidi fazer o curso de
Guia de turismo.
5.A cartografia é importante para carreira do
Guia? Por que?
Sim, a cartografia é essencial para a profissão, pois um
Guia tem o dever de saber se localizar e informar seus turistas do local onde
estão passando e indo visitar, até mesmo porque sempre no speech inicial o guia tem o dever de informar aos
turistas qual será o percurso até chegar ao destino.
6.O que é essencial para um Guia de turismo?
Bom, um Guia de turismo acima de tudo tem que ser feliz e
estar bem com sigo mesmo porque não basta tratar os seus turistas bem, e sim
demonstrar prazer no que está fazendo, além de ser pontual, responsável, carismático,
ágil entre outros.
7.A gestão do tempo interfere na profissão?
Com toda certeza, pois um Guia deve ser pontual e realizar
uma boa gestão de tempo faz toda a diferença.
Ser um Guia é também entender outros Guias, afinal não chegamos ate aqui de uma hora pra outra, por isso eu Elizândra Silva, trago hoje uma entrevista com um Guia formado da Serra Catarinense, onde, esclarece fatos importantes e da dicas sobre a profissão que vem agradando não só a mim. Devido a atividade proposta pelo professor José Gotardo, cheguei até o Guia Eduardo Sobânio pelo site do CADASTUR e tive a experiência maravilhosa de aprender coisas do ramo com um guia formado. Espero que goste da matéria a seguir e uma boa leitura!
Como você descobriu que queria ser guia? Alguém te apoiou ou até mesmo foi contra essa sua escolha?
R: Quando estava na faculdade de turismo, por varias vezes solicitei que a coordenação do curso oferecesse o curso de guia de turismo, uma vez que o bacharel em turismo não pode trabalhar como guia, entretanto não consegui, nenhum resultado. Depois de dois anos, quase três anos de formado, abri uma agência de viagens em São Joaquim-SC e tive um contato maior com os profissionais da área, não preciso dizer que me apaixonei pela profissão e comecei a estudar história, geografia, curiosidades, etc... da região me preparando para um dia fazer o curso de guia. Quando o SENAC abriu uma turma na região me inscrevi e fiz o curso, hoje sou guia regional e pretendo até 2016 iniciar o curso de guia nacional. Sempre tive o apoio da minha esposa e familiares.
Entre todos os seus destinos, qual foi o melhor para trabalhar e o que você menos gostou?
R: Eu trabalho muito na Serra Catarinense, que para mim é o melhor lugar do mundo, eu adoro essa profissão. è muito difícil não gostar de algo quando trabalhamos com o que gostamos.
Em seu cadastro de guia o seguimento escolhido é Turismo Cultural, Ecoturismo, Turismo Rural, você se identifica com este seguimento? Porque? Se não tivesse escolhido qual seria?
R: Esses são o seguimentos que mais trabalhamos aqui na serra, é o que gosto de fazer, no cadastro podemos escolher apenas três seguimentos, mas se pudesse ampliar o numero de seguimentos, colocaria o turismo de esporte e o turismo de aventura.
Você trabalha só com o guia de turismo ou atua em outra área?
R: Trabalho com emissivo e receptivo aqui na agência e dou palestras da área do turismo.
Em seu certificado você não tem nenhum domínio em línguas estrangeira, você acha isso de estrema importância?
R: Sim, as línguas são fundamentais para qualquer guia, estou estudando Inglês, mas como ainda não sou fluente e estou um pouco inseguro com a língua, não coloquei no meu cadastro, acho importante tomar esse cuidado pois a qualidade do serviço não pode ser comprometida, assim que terminar o curso de inglês, quero fazer outros cursos.
Qual a dica você da para as pessoas que estão começando neste ramo?
R: Estude, estude e estude... Seja curioso e lembre que você já foi turista um dia, sendo assim, seja responsável e não faça com o turista o que você não gastaria que fizessem com você, seja um bom guia, pois você está trabalhando com o sonho das pessoas, você possui o poder de tornar a viagem da pessoa encantadora e inesquecível, ou simplesmente detestável. Evite cair nas armadilhas das comissões, a comissão não pode ser mais importante que o seu cliente, antes das compras o turista quer conhecer a região, suas histórias, sua cultura, curiosidades etc... Não faça como alguns guias que ficam 15 minutos em um ponto turístico, sendo que pouco falam sobre ele e ficam 3h em uma loja fazendo compras, isto é muito desagradável, o turista pode até não comentar nada com você na hora, mas ele vai comentar com os outros, chega de mais do mesmo, temos que ser diferentes. É claro que em algum momento você vai precisar levar o turista em lojinhas de artesanato por exemplo, pois todo turista quer levar uma lembrança da cidade, mas esse não pode ser o objetivo fim do passeio, está na hora de pensarmos no turismo de experiência, onde o mais importante é justamente a vivencia única, que você vai proporcionar ao seu cliente, pois ele com certeza vai voltar para casa lembrando dos bons momentos vividos na sua cidade ou região e isso não tem dinheiro nenhum no mundo que pague, você vai fazer parte da vida dele para sempre, pois sempre que ele lembrar da viagem, vai lembrar dos bons momentos vividos durante os passeios. Mais uma dica, fale e conte coisas boas para o turista, pois ele não está viajando para falar de coisas desagradáveis, seja apaixonado por sua região, pois esse é o lugar que você escolheu para trabalhar e viver, podemos ter muitas coisas ruins em nossa cidade, mas também temos muitas coisas lindas e encantadoras, foque nas coisas positivas. Se um fato negativo não pode ser contornado, lembre que tudo possui dois lados, tente descobrir o lado positivo deste fato e fale dele sem problemas. E por fim, sempre dia a verdade, nunca minta para o cliente.
O Brasil tem apenas 6% de investimento ao turismo, com tantas belezas naturais, pra você qual o principal fator dessa pequena porcentagem? o que acha que deveríamos mudar e investir mais?
R: Infelizmente o turismo ainda não é visto como um motor da economia e quando se fala em aporte financeiro no Brasil, ainda vemos o turismo como um gasto e não como um investimento que pode gerar emprego e renda, assim como impostos. Investir em turismo é melhorar a distribuição de renda, uma vez que os recursos gerados pelo turismo não ficam concentrados na mãos de poucos, ou seja, quando um turista visita uma cidade, ganha a agência de viagens, o guia de turismo, o hotel, o comercio, o porto de gasolina, os artesãos, o restaurante, etc... ou seja, todo mundo ganha diminuindo a desigualdade e tornando nosso país um pouco melhor. Investir em turismo é investir em qualidade de vida, é investir nas pessoas. Enquanto não enxergamos o turismo com outros olhos, infelizmente vamos continuar achando que estamos apenas gastando dinheiro.
Um guia precisa entender geografia e história, pra você qual o grau de importância desse entendimento?
R: Se eu fosse colocar em percentual, eu diria 100 %. Mas não basta possuir a informação, o guia precisar ser um bom contador de histórias, temos que saber passar essa informação de forma criativa e que prenda a atenção do turista, ela não pode ser transmitida de forma cansativa e maçante, você sabe que fez um bom guiamento, quando o turista ao termino do passeio sai com um gostinho de quero mais, ele quase fica triste pelo passeio ter acabado.
Um guia precisa ser bem atento em relação a gestão de tempo, em sua opinião e meio de trabalho, como você gerencia esse tempo?
R: Mais uma vez precisamos estudar, estudar e estudar, depois precisamos testar os roteiros, assim você sabe quanto tempo leva para chegar em determinado lugar e o tempo necessário para passar determinadas informações, guiar não é simplesmente mostrar lugares, mas sim contar a história e as informações intrínsecas ao objeto de forma prazerosa e agradável.
Saber lidar com pessoas com deficiênciasfísicas em geral é algo que todos devem saber, para um guia como deve ser feito este trabalho?
R: Em primeiro lugar durante o contato inicial é necessário buscar o maior numero de informações possível sobre seu cliente, precisamos estar preparados, para atender todos os tipos de pessoa, independente de possuir ou não uma deficiência, para isso precisamos elaborar produtos turísticos acessíveis, pesquisando e preparando roteiros para atenderem pessoas com deficiência. Por fim, de posse dessas informações com antecedência é possível fazer pequenos ajustes ao roteiro para atender com excelência seu cliente.
Um guia nunca trabalha só, qual as dicas você daria para quem esta começando em relação a trabalho em equipe, tanto com outros guias e também o motorista?
R: Ninguém trabalha sozinho no turismo, quem pretende trabalhar sozinho está no ramo errado e está fadado ao fracasso, entretanto trabalhar em parceria não quer dizer ser negligente com suas obrigações, para não se indispor com o colega de trabalho. Ou seja, não podemos fazer vista grosa durante a inspeção de um ônibus, por exemplo, apenas para não nos indispormos com o motorista, precisamos ser responsáveis e em alguns momentos até firmes para garantir a qualidade do serviço e a segurança de nossos clientes, precisamos de uma boa rede de contatos e fornecedores de confiança. Lembre que os outros guias são antes de tudo seus colegas e talvez seus maiores parceiros de comerciais.
Obs.: As perguntas é de autoria própria e a permissão para a exposição das respostas está autorizada.